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21 de jun. de 2010

Acne da mulher adulta


A acne, além de acometer um grande percentual de adolescentes, pode atingir mulheres na idade adulta. É frequente no consultório dermatológico mulheres de 30, 40 e mesmo 50 anos queixando-se de espinhas e estranhando que elas apareçam tanto tempo depois da adolescência. E, o que é mais surpreendente, podem surgir em quem jamais teve uma única espinha aos quinze anos. É a acne da mulher adulta (acne androgenética feminina), que afeta cerca de 30% da população feminina. As pacientes apresentam espinhas inflamadas, dolorosas, principalmente nas regiões do queixo, mandíbula, pescoço e tronco, que podem deixar cicatrizes. Em alguns casos, ocorre também aumento da oleosidade da pele, aumento dos pelos da face, queda de cabelo (calvície) e irregularidade menstrual. Esse tipo especial de acne piora no período pré-menstrual e, em geral, não melhora com os tratamentos convencionais.

Não existe ainda uma explicação definitiva para o surgimento da acne da mulher adulta. Pode haver associação com o estresse, uso de cosméticos oleosos e, principalmente, com alterações hormonais como disfunções ovarianas (a mais freqüente é a síndrome dos ovários policísticos), alterações das glândulas supra-renais ou um aumento da sensibilidade da pele aos andrógenos (hormônios sexuais masculinos), responsáveis pelas manifestações da doença. Neste último caso, os exames laboratoriais estão dentro dos níveis normais.

Confirmada a influência hormonal na causa da doença, o tratamento pode ser feito com medicamentos anti-andrógenos ou bloqueadores dos receptores hormonais, que impedem a ação do hormônio sobre a pele. Antiinflamatórios orais, medicamentos de uso local e peelings também são importantes no combate à doença. A escolha do tratamento vai depender de cada caso, sendo importante uma avaliação detalhada pelo dermatologista.

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