Pesquisar este blog

26 de mai. de 2010

Manchas de Pele, saiba um pouco mais


Conheça um pouco mais sobre as manchas de pele e como evita-las. Lembrando que o médico e o protetor solar são seus maiores e melhores aliados.

1. Melanócitos

A pele tem células especiais chamadas melanócitos. A sua função é produzir uma substância escura que se difunde por toda a pele, a melanina. Esta substância tem ligação com a cor da pele e com seu nível de sensibilidade aos raios solares. Nas pessoas albinas (extremamente brancas), existe uma deficiência na produção de melanina. Por este mesmo motivo (deficiência de melanina), os albinos são muito sensíveis ao Sol (uma vez que não possuem a proteção natural conferida pela melanina). Já as pessoas negras têm maior produção de melanina e, conseqüentemente, tom de pele mais escuro e menos sensibilidade ao Sol.

Quando a distribuição da melanina torna-se irregular na pele, surgem as manchas, que são áreas mais escuras ou mais claras.

2. Manchas

Os médicos utilizam o termo mácula para referirem-se às manchas. Elas são quaisquer mudanças na cor normal de pele da pessoa. Estas alterações podem mais claras em relação ao tom de pele (hipocrômicas) ou então mais escuras (hipercrômicas). Estas mudanças para escurecimento ou clareamento podem ser causadas, respectivamente, pelo aumento ou diminuição da quantidade da melanina e melanócitos em determinada área da pele.

Algumas vezes, estas mudanças de cor podem aparecer de forma avermelhada. Nestes casos, são causadas pelo aumento do número de vasos debaixo da pele (hemangioma). São comuns em crianças, principalmente nos recém nascidos.

As manchas também podem ser artificiais. O melhor exemplo são as tatuagens.

2.1. Sarda

As sardas ou efélides são manchas pequenas que parecem um ponto. Por isso, são chamadas de manchas puntiformes pelos médicos. Nestes pontos, tem-se um aumento da quantidade de melanina.

Existe uma tendência familiar a desenvolver sardas. Elas surgem principalmente nas pessoas de pele clara e ruivas (fototipos I e II), nos locais da pele mais atingidos por queimaduras solares, como rosto, ombros e colo.

As sardas escurecem durante o verão e quase desaparecem no inverno, quando não há exposição ao Sol.

Não há risco de evolução das sardas para melanoma (câncer de pele). No entanto, como o surgimento das sardas é mais freqüente em pessoas que têm menos proteção natural contra os raios solares, é importante que estejam atentas ao surgimento de outras manchas suspeitas. Caso haja alguma dúvida, devem procurar um dermatologista.

As pessoas que têm sardas precisam proteger-se mais quando se expõem ao Sol, pois estão mais sujeitas a queimaduras. Um exagero pode provocar o envelhecimento precoce da pele.

2.2. Mancha Senil

São manchas que aparecem na pele das pessoas com idade mais avançada. São causadas pela exposição ao Sol (melanoses solares). Como os efeitos do Sol são cumulativos, estas manchas costumam aparecer após os 45 anos de idade. Por isso são relacionadas com a senilidade.

As manchas senis são acastanhadas, de tamanhos diversos, mas sempre maiores que as sardas. Seus limites são precisos e aparecem em maior quantidade nas áreas expostas ao Sol, como rosto, antebraços e dorso das mãos.

Praticamente não há chances de transformação para o melanoma. Geralmente são tratadas por questões estéticas.

2.3. Mancha de Gravidez

Existem alguns tipos de manchas grandes acastanhadas na face, que têm o Sol como fator desencadeante. São chamadas pelos médicos de melasmas. Surgem principalmente nas regiões malares (maçãs do rosto), na testa, nariz, lábio superior e têmporas. Aparecem principalmente nas mulheres, mas também podem acometer os homens. Alguns fatores que influenciam seu surgimento: uso de anticoncepcionais, tendências genéticas e características raciais.

As manchas de gravidez são melasmas. As alterações hormonais provocadas neste período, associadas à exposição solar, levam ao seu surgimento.

2.4. Manchas Brancas

Muitas hipocromias (manchas brancas) representam doenças de pele, como Vitiligo, Hanseníase, Pitiríase versicolor, Sífilis...Algumas delas até se beneficiam de um pouco de Sol. Outras precisam de tratamento com antibióticos específicos e acompanhamento através de exames de laboratório, pois podem trazer conseqüências graves para a sua saúde.

Conclusão: manchas brancas significam que você precisa consultar um dermatologista!

Também existem manchas claras que surgem devido à esposição solar. São elas:

- Leucodermia pontuada (ou punctata)

São manchas claras e pontuais, localizadas principalmente nas pernas e braços. Costumam surgir em pessoas que tiveram exposição solar intensa e prolongada durante a vida. Aparecem em decorrência da menor atividade do melanócito, devido a seu envelhecimento.

- Pitiríase alba ou eczemátide

São manchas hipocrômicas, arredondadas, maiores que 1-2cm, de bordas irregulares, que se distribuem na face, tórax, dorso e braços. Em geral, são um pouco mais ásperas que o restante da pele.

Neste caso, o melanócito também fica menos ativo, mas não porque envelhece, mas porque fica “preguiçoso”... por isso pode se recuperar com banhos adequados e uso de hidratantes.

Não tem qualquer relação com o “pano branco” ou pitiríase versicolor, que é causada por um fungo.

3. Pinta ou Sinal

“Pinta” ou “sinal” é sinônimo de nevos ou nevus pigmentados. Nevos são um aumento no número de células na pele, que podem ser pigmentadas ou não. Aparecem desde o nascimento (congênitos) ou durante a vida (adquiridos). Na maioria das vezes são benignos, pois não têm características de câncer.

No entanto, algumas pintas e manchas (lentigos) são formadas por um acúmulo de células que, em alguma época da vida, podem sofrer transformação cancerígena. O câncer no qual elas podem se transformar é o melanoma.

A grande maioria das pintas aumenta de volume durante a vida. Isso não significa que elas irão transformar-se em melanoma. É importante fazer um exame regular destas pintas. Uma transformação maligna é indicada por alteração na cor, aumento do diâmetro ou irregularidade das bordas.

Dois tipos de nevos merecem atenção especial, pelo seu maior risco de evolução para câncer de pele. São eles:

- Nevos Melanocíticos Congênitos Gigantes

São nevos pigmentados (melanocíticos), que nascem com o indivíduo (congênitos) e que têm um tamanho maior que 20cm. Esses nevos podem ou não apresentar pêlos. Há de 5 a 10% de risco de desenvolvimento de melanoma, probabilidade bem maior que a do nevo melanocítico congênito pequeno.

- Nevos Atípicos

Os nevos atípicos são geralmente maiores que os nevos comuns (6mm), podem ter bordas irregulares, limites imprecisos, várias tonalidades de marrom, castanho e vermelho. Localizam-se, freqüentemente, na porção superior do tronco, nos braços e coxas. Seu potencial de transformação para o melanoma pode ser de até 10-15%.

4. Substâncias Fotossensibilizantes

Perfumes, refrigerantes e frutas como o limão, a laranja, a tangerina e o figo contêm substâncias fotossensibilizantes, ou seja, tornam-se reativas ao entrar em contato com o Sol.

Estas substâncias provocam uma “alergia” ou até “queimadura” na pele, que fica com manchas avermelhadas, acastanhadas e até mesmo com bolhas, acompanhadas ou não de coceira e ardência no local.

Como depende da exposição da pele ao sol e ao contato com as substâncias fotossensibilizantes, as áreas mais comumente afetadas são o dorso das mãos, colo e os lábios. Podem ter formato bizarro ou pontilhado, causado por respingos de limão espremido. Portanto, evite colocar perfumes ou beber limonadas, sucos de frutas, caipirinhas e se expor ao Sol.

5. Cuidados no uso de medicamentos

Existem remédios despigmentantes, muitas vezes usados sem orientação médica para efeitos estéticos. Cuidado: você pode estar ocultando características de doenças mais graves. Consulte um dermatologista, e não use nenhum medicamento sem indicação de um especialista.

As manchas de Sol podem ser tratadas, mas sempre sob orientação do dermatologista. Tratamento significa melhorar, nem sempre eliminar definitivamente. Dependendo do caso, são indicadas substâncias despigmentantes e /ou ácidos, peelings superficiais ou até mesmo laser ou luz intensa pulsada.

Mas lembre-se: o melhor a fazer é sempre prevenir!! Se você não tem uma mancha solar, use protetor solar sempre. Se você já tem, evite novas... insista no protetor!!


Fontes: Dermatologia, saúde total

Nenhum comentário:

Postar um comentário