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28 de abr. de 2010

Pão nosso de cada dia: produção de pães temáticos une paixão pela culinária e trabalho terapêutico


Pão nosso de cada dia
Além de terapêuticos, os pães de Lana são bonitos de ver e gostosos de comer. [Foto: Larissa Manssour/Plena Mulher]

A terapeuta paulista Lana dos Reis Barbieri, de 48 anos, começou com seu trabalho de psicoterapia e culinária quando estava em um momento de autoconhecimento e sua terapeuta identificou sentimentos e emoções fragmentadas.

Como ela já tinha ligação com a produção de pães, a especialista sugeriu que Lana voltasse a fazer pães e os doasse. A terapeuta ainda pediu que ela colocasse intenção na hora de amassar. E assim, Lana percebeu que havia algo a mais ali... Foi então que nasceu o “Nutrir o Corpo, Nutrir a Alma”, que ensina a fazer pães e inclui metáforas do momento cotidiano.

Foto: Larissa Manssour/Plena Mulher
Lana Barbieri e os filhos - Foto: Larissa Manssour/Plena Mulher



Lana sempre teve preocupação com uma alimentação saudável para seus filhos, Lucas e Gabriel. Ela fazia os pães e as bolachas que eles consumiam e também os iniciava na arte de cozinhar, de conhecer temperos e sabores. Mas a alegria da família era fazer o pão e compartilhar com amigos em meio a patês, chás e sucos. Aos poucos, isso foi se tornando seu hobby e trabalho.

Lana e os filhos, que cresceram saboreando os pães
e dão o maior apoio para as atividades da mãe.

A culinarista encontrou na alimentação um caminho para uma melhor qualidade de vida para todos. Conheceu e participou da cozinha macrobiótica e vegetariana por anos, onde baseou a criação e educação alimentar dos seus filhos até a adolescência. Ao mesmo tempo, aprofundou a busca pela essência feminina e, como contribuição em sua vida profissional, ela vem se dedicando aos estudos sobre o ser humano de diversas formas, sempre embasada no autoconhecimento.

Foto: Larissa Manssour/Plena Mulher

E o que a motivou a seguir o caminho da busca pelo autoconhecimento conjugado com a culinária foi reconhecer seu processo pessoal feminino no ato de fazer pães, “porque ali se encontra todo o caos e ordem. No encontro dos ingredientes – cada um com sua identidade e sem liga alguma – com suas mãos, a alquimia acontece, e a beleza se apresenta em formas e sabores próprios”, afirma Barbieri. “É a metáfora da alquimia que podemos fazer em nossa vida através de nossas mãos e nossos sentimentos”, completa.

Lana se mantém num permanente processo de
autoconhecimento.

Lana se casou em 1984 e começou a estudar a psicoterapia de Carl Jung e a questão do feminino. Quando o hobby se tornou profissão, ela abriu uma padaria que fez muito sucesso. Em 1992 se separou e fechou o negócio. Para recuperar a auto-estima, estudou biodanca e se especializou em terapias corporais. Fez pós-graduação em Método de Integração Físico-Psíquicos e Jung e o Corpo. Como terapeuta atendeu principalmente mulheres. Com o fim do segundo casamento redescobriu nos pães uma forma de se reerguer emocional e financeiramente. Recuperou e adaptou antigas receitas, inventando pães temáticos como o “Pão da Mulher”.

Com uma técnica desenvolvida por ela, já realizou vários trabalhos no mundo corporativo, sempre com base no desenvolvimento humano, em trabalhos com o Feminino e o Masculino também.

Foto: Larissa Manssour/Plena Mulher

E, além do “Nutrir o Corpo, Nutrir a Alma”, há trabalhos individuais e em grupos, como “Identidade Feminina” e “Consciência Financeira” que ela criou e aplica de acordo com a demanda.

Para Lana, a produção de pães temáticos está ligada ao trabalho terapêutico com a questão do feminino em todos os aspectos que dizem respeito ao Ser, “pois somos frutos de escolhas de ingredientes que nos chamam atenção.”



A terapeuta acredita na capacidade de transformação, de
melhoria pessoal,que é uma forte característica feminina.

Por exemplo, “se a pessoa está em momento de transição, venha fazer o trabalho pessoal com o Pão do Renascimento (com germe de trigo e mel). Se já reconhece que está em outro momento, vamos unir ingredientes do Pão da Colheita (broa de milho com mel e pólen de flores) e juntas, em roda, vamos refletir sobre a forma que estamos lidando com as questões pessoais e profissionais. Se estou mesmo tomando minha vida nas próprias mãos ou sempre delego esse poder pessoal a outro ou a alguma coisa”, explica Lana Barbieri.

É para pensar.

Para saber mais sobre os pães, visite o site www.opaonossodecadadia.com. E se quiser mais informações sobre o trabalho de Lana, entre em contato pelo e-mail falecomigo@opaonossodecadadia.com.

Fonte: Andrea Franco - andrea.franco@plenamulher.com.br

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